www.maxquevedo.bologspot.com

um blog voltado para que conheçam meu trabalho meu centro de treinamento e com dicas de saúde..para melhorar o conhecimento de voces

Quem sou eu

Minha foto
Sou um cara com muita personalidade que junta a rusticidade com sensibilidade, inteligente sagaz com uma energia positiva sempre pronto para ajudar, de bem com a vida, e procuro sempre me melhorar, me transformar num ser humano cada vez melhor ,e procurando dividir sempre com as pessoas que me cercam.!!!!! ....... "Prefiro a lagrima de nao ter vencido do q a vergonha d nao ter tentado" "O verdadeiro amigo nao e aquele q estende a flor mas sim o q nos colhe os espinhos" A desistência de um ideal é a atitude dos fracos e o esdonderijo dos covardes ! A dignidade pessoal e a honra não podem ser protegidas por outros. Devem ser zeladas pelo indivíduo em particular." (Mahatma Gandhi) Há duas características principais entre o vencedor e o perdedor: o perdedor faz o difícil ser impossível e o vencedor faz o impossível ser difícil.

Arquivo

Seguidores

Tecnologia do Blogger.
sábado, 17 de julho de 2010

ATIVIDADE FÍSICA PARA GESTANTES

Daniella, treinando com 39 semanas completas

ATIVIDADE FÍSICA PARA GESTANTES

Podemos definir atividade física como qualquer movimento corporal que se origna de uma contração muscular onde há gasto de energia maior do que em condições de repouso. A atividade física quando é feita de forma continua e programada resulta no ganho de força física, redução do percentual adiposo do corpo, incremento da capacidade cardiorrespiratório, da flexibilidade entre outros fatores responsáveis pela melhoria da qualidade de vida de um indivíduo no que diz respeito a performance humana, seja ela visando rendimento (esporte profissional) ou não.

Nos anos 90, o American College of Obstetrician and Gynecologists (ACOG) reconheceu que a prática de atividade física durante o período gestacional, deveria ser desenvolvida desde que a mãe seja saudável.

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA EM GESTANTES

Controle do Peso

Tanto o ganho quanto o défict de peso durante a gestação podem ser prejudiciais ao feto e a gestante.

O Excesso de peso pode expor a mãe a patologias como, diabetes, hipertensão arterial, obesidade pós-parto, macrossomia fetal, além de complicações no parto.

Já a gestante que não tenha o ganho de peso suficiente coloca o desenvolvimento do feto em risco, isso pode estar ligado também ao excesso de atividade física durante o período gestacional.

Estudos recentes não mostram um consenso em relação ao controle do peso da gestante através da prática de atividades físicas regulares.

Alguns autores sugerem que há uma diminuição da velocidade do aumento de peso com significante diminuição da gordura localizada, principalmente durante o terceiro trimestre de gestação, outros afirmam que em comparação com a mulher sedentária, a gestante ativa tem uma sensível diminuição de sintomas como câimbras, edemas, varizes e de fadiga.

Mesmo assim o American College of Obstetrician and Gynecologists (ACOG), reconhece que atividade física durante a gestação e no pós-parto interfere no controle de peso da mulher desde que o aporte nutricional seja adequado.

Funcionalidade do corpo

Quanto à funcionalidade do corpo da gestante, o exercício físico ajuda a combater a hiperlordose, proveniente da mudança do centro de gravidade da mulher, em função da expansão da cavidade abdominal durante as quarenta e poucas semanas em que o feto se desenvolve no útero. O exercício físico, auxilia a mulher na adaptação da nova postura, proporcionando-lhe uma melhor qualidade de vida e a melhoria do desempenho na realização das atividades diárias.

Nas gestantes ativas, há também diminuição de edemas nas mãos e pernas além da redução das dores em membros inferiores.

No que diz respeito ao aparelho cardiorrespiratório, há um aumento natural no débito cardíaco da gestante, proporcionando assim a oxigenação e aporte nutricional necessário ao feto, potencializado durante o trabalho aeróbio de intensidade moderada.

A atividade física traz a gestante uma melhora na sua capacidade cardiorrespiratória.

O Parto

Já foi comum ouvir que gestação era motivo para mulher ficar na cama durante os nove meses de gestação, principalmente por causa dos efeitos malignos que a atividade física poderia ter para o feto.

Sabe-se hoje, que a prática da atividade física é benéfica ao corpo da mulher, ao desenvolvimento do feto e facilita o trabalho de parto.

Antigamente suspeitava-se que a atividade física contribuía na incidência de partos prematuros por causa das contrações uterinas durante o exercício, mas estudos recentes indicam que durante a atividade, a produção hormonal da mãe e do feto anula os possíveis efeitos negativos protegendo o feto e preparando o útero para o dia do parto.

Outros estudos mostram há uma maior incidência de cesáreas em gestantes sedentárias do que nas gestantes ativas.

Aspectos relacionados aos benefícios da atividade física sobre as demais alterações endócrinas ocorridas durante a gravidez, que se refletem nas articulações e ligamentos pélvicos promovendo maior flexibilidade. O aumento do estrogênio contribuiu para o relaxamento muscular facilitando o parto. A atividade física contribui para que as gestantes tolerem melhor as dores durante o trabalho de parto.

Desenvolvimento Fetal

Existem estudos que não encontraram diferença no desenvolvimento fetal comparando mulheres que realizam atividade física moderada ou de alta intensidade quanto ao peso do feto durante o nascimento, mas conclui que mães saudáveis proporcionam ao seu filho melhores condições de desenvolvimento durante a gestação.

Conclusão

É notório que o individuo ativo, aquele que realiza exercícios físicos regulares, são mais saudáveis do que os sedentários.

Essa conclusão também se transfere as gestantes, pois as futuras mães ativas oferecem ao feto um melhor ambiente para que se desenvolva, além de estar com o corpo melhor preparado para agüentar os desconfortos do período gestacional e para facilitar o parto, principalmente o normal.

Não há motivo para que a mulher ativa pare com as suas atividades por estar grávida, é necessário consultar o obstetra e apenas manter o nível de atividade que realiza de acordo com as alterações que seu corpo apresentará.

Mulheres que nunca praticaram ativide física, podem e devem iniciar um programa de atividade física sempre com acompanhamento médico e com um profissional de educação física especializado, pois ela requer muitos cuidados prévios e seu treinamento deve ter cargas leves sendo aumentadas gradativamente respeitando sempre as informações que o corpo da gestante nos fornecer.

sábado, 10 de julho de 2010

As verdades sobre o Ácido Lático.

O ÁCIDO LÁTICO CAUSA DOR E FADIGA??? SERÁ MESMO??!!!

Todos nós alguma vez na vida já ouvimos ou lemos algumas dessas frases:
· O ácido lático causa dores e fadiga!
· Quem produz mais ácido lático cansa mais rápido e terá câimbras e dores!
·
Precisamos fazer um treinamento de tolerância ao ácido lático!

Seja na academia, jornais ou em revistas, o conceito de que o ácido lático é um composto maléfico produzido pelo nosso organismo é extremamente difundido no meio esportivo, e tido como uma verdade absoluta. Veremos nesse artigo algumas das mais recentes evidências literárias que podem colocar em dúvida esse paradigma da educação física.
Segundo Robergs (2002), em pH fisiológico (7.4) não existe a forma ácida deste produto provindo da utilização de glicose (glicogênio) como fonte de energia anaeróbica, existindo assim somente o LACTATO. Assim, uniformizaremos nossa discussão daqui em diante sobre o termo LACTATO. O LACTATO pode utilizado como combustível energético nas mitocôndrias de músculos esqueléticos, cardíacos, além de fígado e cérebro, entretanto, durante o exercício físico (ou qualquer outra atividade), nossos músculos necessitam de energia para trabalhar, assim, o ATP é a energia necessária para contrair nossos músculos e assim produzir o movimento. Ao “quebrar” o ATP, produzimos
energia e prótons (H+). Então, podemos notar que constantemente estamos produzindo H+, no entanto, a grande diferença é a quantidade produzida, ou seja, a quantidade de ATP necessária para a atividade física em questão. Quanto maior a necessidade de “quebra” de ATP, maior a produção de H+. Essa quantidade produzida de H+ é quem irá determinar a acidose ou não de um meio, no nosso caso, o músculo. Quanto maior a concentração de H+ mais baixo é o pH,deixando o meio mais ácido, o que desfavorece a atividade de enzimas chaves para o fornecimento de energia. Porém, nosso organismo é fantástico e muito esperto, para que esta concentração de H+ desfavoreça a produção de energia, ele possui alguns agentes que possuem a característica de “consumir” esses H+, mantendo o pH muscular e sanguíneo em valores normais e compatíveis com a nossa vida.
Caso esses agentes não estiverem trabalhando corretamente, ou sua concentração não é suficiente para dar conta de todos os H+ produzidos, aí sim o nosso organismo começa a entrar em acidose, podendo assim interromper a atividade precocemente.
Assim podemos observar que não é o LACTATO o causador da acidose, muito menos da fadiga, e sim a tão necessária “quebra” do ATP.

LACTATO É PRODUZIDO NA AUSÊNCIA DE OXIGÊNIO?

Para discutirmos esse ponto, é necessário entendermos a lógica do fornecimento de energia que o nosso organismo possui na condição de exercício físico.
Por exemplo, a quantidade de energia (ATP) necessária para completar uma caminhada de 100 metros, é muito menor, do que a quantidade de energia necessária para completar os mesmos 100 metros em velocidade máxima.
Durante a caminhada, a necessidade de fornecimento de energia é muito mais “lenta”, utilizamos assim, os ácidos graxos para fornecê-la. A utilização dos ácidos graxos como fonte de energia exige a necessidade de ativação de enzimas presentes na mitocôndria, sendo indispensável a presença de oxigênio para que ocorram. Tudo isso torna essa via mais longa e mais complexa (por isso é tão difícil “queimar” gordura).
Já durante o tiro em intensidade máxima na mesma distância a necessidade de energia é muito mais rápida, nosso organismo assim, lança mão da utilização da “quebra” da glicose (glicogênio) de forma anaeróbica, uma via mais rápida, pela simplicidade das reações e eficiência no fornecimento de energia. Assim, não é a falta de oxigênio que leva nosso organismo a utilizar a glicose (formando LACTATO) para fornecer energia, mas sim a necessidade e velocidade com que esse ATP é requerido pelo exercício.

UTILIZAÇÃO DO LACTATO COMO FONTE DE ENERGIA PELOS OUTROS TECIDOS

Mas como o LACTATO pode ser utilizado por coração, fígado e cérebro e músculos adjacentes (vizinhos)???
Para alcançar a corrente sanguínea e assim chegar a esses destinos, o LACTATO sai da musculatura esquelética, onde é produzido, através de transportadores protéicos que se encontram na membrana muscular chamados de MCT (Transportadores de Monocarboxilatos) (Brooks, 1999). Durante este processo de saída, os MCT’s “entendem” que o LACTATO só poderá sair da musculatura com a companhia (co-transporte) de prótons (H+). Como já mostramos anteriormente, a produção de H+ é advinda da “quebra” do ATP, nossa “moeda energética”, e não advindas do “ÁCIDO LÁTICO”.
Vocês devem estar se perguntando...Então, não é bom quebrar ATP, pois, este aumentará a concentração de prótons, certo? Certo se nosso organismo não fosse tão encantador como é, pois, para não deixar de “quebrar” ATP e ao mesmo tempo continuar a fazer a atividade física, os agentes que “consomem” H+ estarão dispostos à manter o pH em níveis normais. E o LACTATO não é um agente que “consome” esses H+, mas faz função de um deles, ajudando na retirada desses prótons de dentro da célula por meio dos MCT’s.
Agradecemos a oportunidade de contribuirmos com essa discussão e esperamos que o que escrevemos possa esclarecer ainda mais tanto os leitores leigos, quanto os companheiros da Educação Física durante os treinamentos.